quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Boletim escolar agora também para pai separado

> O Dia, 08/08/2009 - Rio de Janeiro RJ

Lei determina que as escolas enviem notas e frequencia para quem não vive com o filho Rio - Escolas em todo o País serão obrigadas a informar frequência e rendimento dos alunos para pais e mães, mesmo que os responsáveis não convivam com seus filhos. A medida publicada ontem no Diário Oficial da União beneficia pais divorciados que não tenham a guarda da criança. Os colégios deverão apresentar também a proposta pedagógica. O novo texto altera o artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e, desde ontem, já está em vigor. A Secretaria Municipal de Educação informou que a cada conselho de classe, que este ano será realizado quatro vezes durante o ano letivo, consolida a avaliação e apura a frequência dos alunos. Ao final, são emitidos os boletins de cada estudante, que são encaminhados aos pais e responsáveis. Já a Secretaria Estadual de Educação inicia no segundo semestre o programa Conexão Educação, que prevê o uso de um cartão eletrônico com foto, que acompanhará a trajetória do aluno online, agilizando as informações relativas ao seu desempenho, frequência e merenda. O cartão magnético será utilizado ainda nos transportes coletivos. Pais de alunos que tiverem três faltas seguidas receberão torpedos (mensagens por celular).

Número de alunos matriculados dobrou entre 2007 e 2008

> Folha de São Paulo, 11/08/2009 - São Paulo SP

São 761 mil estudantes, contra 397 mil há dois anos


RICARDO GALLO DA REPORTAGEM LOCAL

Imagine uma universidade sem salas de aula, horário de entrada nem conversa no fundão. Professor, só pela tela do computador. E você estuda onde e a hora em que quiser. Interessado? É a graduação a distância, modalidade que cresce em ritmo vertiginoso no país e oferece cerca de 1,5 milhão de vagas em 145 instituições, cerca de 70 das quais públicas. Apenas entre 2007 e 2008, o número de alunos quase dobrou; saiu de 397 mil para 761 mil -a participação dessa modalidade no ensino superior saltou de 4,2% para 7,5%. Se entrar é fácil, desistir também: a evasão chega a 70% em alguns casos. Segundo coordenadores de cursos, só vai bem nesse tipo de curso quem é organizado, disciplinado e tem concentração para conseguir estudar em casa ou no trabalho. Essa é uma das razões para os cursos de graduação a distância atraírem um público mais velho do que o do vestibular de cursos convencionais. Cerca de 68% dos alunos têm a partir de 25 anos, aponta censo de 2008 da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância). É o caso de Renato Ignácio, 47, de Ribeirão Preto (SP), que voltou a estudar após largar duas faculdades e não queria trocar a convivência familiar pela sala de aula. Ou de Irene Lício, 57, que diz aprender melhor com o estudo individual. Ignácio estuda sistemas de informação na UFSCar (federal de São Carlos); Irene, administração na Anhembi Morumbi.
Os dois dizem se empenhar porque estudar pouco, na educação a distância, é fracasso certo. "Quem pensa que o curso é de final de semana se dá mal. Nosso aluno tem de estudar ao menos 24 horas semanais", diz Daniel Mill, coordenador de educação a distância da UFSCar -que, no último vestibular, ofereceu 650 vagas em cinco cursos. As inscrições neste ano começam em dezembro. Para Ignácio e Irene, o ritmo puxado torna o aprendizado do aluno mais consistente. "Você aprende a raciocinar. O conhecimento se solidifica", diz ele, que estuda de madrugada. "No presencial, divaga-se mais." Em 2007, o Enade (exame do Ministério da Educação que avalia universitários) revelou que alunos de cursos a distância se saíram melhor do que os de presenciais em 7 de 13 áreas em que houve a comparação. Mas não é sempre que educação a distância significa qualidade: em 2008, o MEC mandou desativar 1.337 polos de educação a distância no país -há mais de 5.000. Nesta semana, o ministério abriu processo para descredenciar a Unitins (Fundação Universidade Estadual Tocantins), que recorrerá. Aulas - No ensino a distância, as aulas são em vídeo ou com material didático disponibilizado na internet. Dúvidas são tiradas on-line com o professor ou nos polos -espécie de filiais da instituição, onde ocorrem as provas.

Cerca de 97 mil se inscreveram para concorrer a vagas em cursos de formação de professores

> Portal IG Educação, 11/08/2009

Redação com Agência Brasil

BRASÍLIA - Um total de 97.560 professores se inscreveram para concorrer a uma das 57 mil vagas oferecidas pelo Ministério da Educação (MEC) para qualificar docentes de escolas públicas em exercício que não têm curso superior ou atuam em área diferente da qual se formaram. No total, foram solicitadas 170 mil vagas. O percentual de inscritos por vaga chegou a 168%. O prazo foi encerrado na última segunda-feira. Na segunda fase do processo, as secretarias estaduais e municipais de Educação deverão validar as inscrições. De acordo com o ministro Fernando Haddad, ainda não há a certeza de que todos que se inscreveram sejam profissionais da rede pública. “As secretarias precisam validar essas inscrições, mas a nossa perspectiva é a de que pelo menos 77 mil desse total sejam professores”, afirmou. No Rio Grande do Norte, em Rondônia e Santa Catarina o número de inscritos foi menor do que a oferta de vagas. Nos outros estados que aderiram ao Plano Nacional de Formação, a demanda chegou a ser cinco vezes maior do que as vagas. O Pará foi o estado com maior participação: 5.171 mil professores se inscreveram para 925 vagas. “Se o professor não conseguir a vaga para o segundo semestre de 2009, a sua inscrição será mantida no banco de dados para que ele seja contemplado nas etapas seguintes do plano”, explicou. A formação é voltada a três perfis diferentes de profissionais: primeira licenciatura para professores que não têm curso superior; segunda licenciatura para aqueles que já são formados, mas lecionam em áreas diferentes da que se graduaram; e licenciatura para bacharéis que necessitam de complementação para o exercício do magistério. Até 2011, serão oferecidas 331 mil vagas.

Senado aprova projeto que institui dedicação exclusiva para professor do ensino fundamental

> Portal UOL Educação, 11/08/2009

Da Redação em São Paulo

O Senado aprovou nesta terça-feira (11) um projeto que institui o regime de dedicação exclusiva para professores da educação básica. A proposta foi votada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte e segue para análise da Câmara. O projeto de lei tem como autores os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Augusto Botelho (PT-RR). Segundo a proposta, os sistemas de ensino facultarão aos atuais ocupantes de cargos de docentes a opção pelo regime de dedicação exclusiva. Os docentes que se enquadrarem no regime de dedicação exclusiva, ainda de acordo com o projeto, receberão remuneração nunca inferior a 70% da recebida por professores de instituições federais de educação superior com titulação equivalente. Segundo o voto apresentado pelo relator da matéria, senador Gerson Camata (PMDB-ES), o projeto é "plenamente consentâneo com o imperativo moral de valorização, no Brasil, do magistério público, em todos os níveis". Audiência sobre o Fies - A comissão aprovou ainda um requerimento de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que solicita a realização de audiência pública para debater o "excessivo endividamento" de estudantes que optaram pelo Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Segundo o senador, muitos estudantes não têm conseguido pagar os empréstimos contraídos devido aos altos juros cobrados pelo programa.